domingo, 5 de setembro de 2010

A informação, o conhecimento, é provavelmente o maior legado que qualquer civilização pode deixar. Templos, monumentos, obras de arte, utensílios, tudo isso se deteriora com o decorrer do tempo e tende a desaparecer. Mas as idéias, essas duram para sempre. Se se extinguissem todas as coisas ou ainda toda a população humana fosse subitamente acometida de amnésia, bastaria que uma única fonte, um único indivíduo permanecesse incólume para reconstruir tudo novamente.
Uma idéia e um indivíduo apaixonado (ou louco?, ou genial?) o bastante para se deixar envolver por ela – esse é o bastante para se começar a construir (ou ainda aniquilar) um mundo; Não sem antes, é claro, efetuar a parte mais importantes desse processo: aquela que transforma o SEU mundo. Que muda sua maneira de ver as coisas e as pessoas e vai aos poucos desenhando um novo conceito, um novo ser naquele que algum tempo atrás considerava ser você.
É fascinante o poder do imaterial, dos caminhos da mente. Quem nunca ouviu uma frase, uma música, um discurso e se viu totalmente encantado, ainda que momentaneamente, por seu conteúdo? Viu-se subitamente de olhos brilhando e sentiu uma força avassaladora queimar-lhe por dentro? Como se de repente todo o seu ser gravitasse em torno daquilo e você fosse invencível de tanta motivação para alcançar o que almeja?
O pensamento seduz. Quantos homens já cometeram loucuras quando enfeitiçados por uma idéia... Quantas guerras, invenções, atos de nobreza ou revoluções já surgiram assim... O intelecto, a força motriz da humanidade.
O fascínio pode até ‘deixar a gente ignorante face nada’, mas quem nunca se apaixonou por uma idéia, nunca viveu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário